ELES TAMBÉM!!!
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Um Feliz 2009 !
Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
NATAL
Na Tal Luz
Na Tal Luz

só esse afinal foi o verdadeiro.
Não tanto talvez por ter sido o primeiro,
mas porque nessa noite é que num vulgar palheiro,
nascia um menino muito especial.
Só nesse Natal a noite foi tão fria.
Só nesse caía, densa, tanta neve.
Só nesse se ouvia um choro, ao de leve,
do menino com frio, num vagido breve,
enquanto sua jovem mãe em faixas o envolvia.
Só nesse Natal brilhou a grande estrela.
Quase se diria que era claro dia.
No Céu, brilhante, o astro que fulgia.
Na Terra, o branco manto que, suave, o reflectia.
Só nesse Natal a noite foi tão bela.
Só esse Natal foi mesmo de Jesus.
Depois, inventaram-se umas complicações,
muitas fitas, luzes, pinheiros e faisões,
enquanto mais meninos pobres nascem e, aos baldões,
todos os dias carregam uma cruz.
Afinal,
só acredito nesse Natal
de há dois mil anos etc. e tal.
Nestes "Natais" de agora, vendidos por catálogo,
e a pagar em suaves prestações,
nestes "Natais" de agora, não brancos, mas vermelhos
do sangue no asfalto aos borbotões...
Como é que pode estar Jesus nos corações?
Como é que pode ficar mais leve a nossa cruz?
Será que ainda voltará a haver Natais como aquele primeiro
Natal, sentido, vivido, brilhando Na Tal Luz?
Aspásia 04
domingo, 14 de dezembro de 2008
Margarida, minha Irmã
(Republicação)
Infelizmente partiste muito cedo, tão cedo que ainda quase não nos conhecíamos… eu entrava em pleno na adolescência e tu eras 10 anos mais velha, e embora vivesses aqui no prédio com a tua Avó, pouco convivíamos a não ser ao fim de semana ao almoço, ou quando eu passava lá por baixo pelo quarto independente da D.ª Emília, mas poucas vezes estavas. A Faculdade de Direito tomava-te quase todo o tempo e a nossa diferença de idades era bastante significativa no nosso escalão etário.
Além disso, tinhas as tuas amigas, a Juss, já desde o Liceu, a cuja quinta ias andar a cavalo e que se formou em Direito no mesmo ano que tu – 1969 - e a brasileira Lúcia, que tinha vindo para Portugal e tinha dois anos menos que tu, conheceram-se no voleibol… a Lúcia, tão acarinhada por ti e pela Avó Maria, quando veio estudar Medicina para Portugal. A Lúcia, que nem sempre tinha muito dinheiro e almoçava muitas vezes contigo e a Avó. A Lúcia, que te convidou para ires ao Brasil, à casa dela no Rio Grande do Sul, no Natal de 1972. A Lúcia… que colocou o que restou de ti depois do acidente no jazigo da família dela, na cidade de Bento Gonçalves. A Lúcia… seria preferível não teres conhecido a Lúcia de Souza???
Foi longa aquela noite de 14 de Dezembro de 1972.
O telefone tocou pelas 10 da noite. Tu tinhas partido com a Jusse e a Lúcia para o Brasil no dia 7 ou 8… já tínhamos recebido dois ou três postais teus… e depois dessa noite ainda recebemos mais um ou dois… o Correio era lento do Brasil para cá… nunca aqui em casa se tinham recebido postais de uma morta, até então. Claro que os tenho todos guardados, e recentemente encontrei outros mais.
O nosso Pai atendeu. Pela cara e de onde vinha o telefonema… eu percebi logo que algo grave, muito grave se tinha passado.
“Um acidente. Um camião em sentido contrário... A sua filha ia a conduzir. Com as amigas Jusse e Lúcia e o pai iam todos no carro deste último… O camião perdeu a mão, ou pareceu vir contra o carro… A sua filha tentou desviar-se. O carro despistou-se: A sua filha foi projectada pelo vidro da frente. Foram todos levados ao hospital. A sua filha faleceu. As amigas e o pai da Lúcia, feridos, mas vivos… Quer trasladar a sua filha para Portugal?”
Eu e a minha Mãe estávamos já em prantos. O nosso Pai, lívido, mas nem uma lágrima. “Para que quero eu aqui uma filha morta? Fica aí convosco que fica bem… Antes quero dar esses 400 contos à minha filha viva – eu – do que a uma filha morta que já de mais nada precisa.”
Desligou o telefone. Eu estava num choro que só dois dias depois é que foi passando.

E agora? Como dizer a uma Avó-Mãe, que já perdera o marido, o filho e as duas filhas, todos levados pela tuberculose… e que só via a neta desde que ficou órfã com um ano de idade… que a neta de 25 anos acaba de morrer no Brasil?

Nem me lembro já com que palavras, o meu Pai lá contou à tua Avó o sucedido. Pois ficou como calculas… ou viste daí… Uma vida inteira a criar-te. Era tua Mãe, além de Avó. Maria dos Santos, viúva do marido, “órfã” de 3 filhos, entre os quais a tua Mãe, Albertina, 1ª mulher do nosso Pai. Maria dos Santos, de Vila Nova do Ceira, Monteira, Góis. Maria dos Santos, analfabeta, ex-empregada no Instituto Pasteur, onde lavava frascos de vidro e onde foste criada dentro dos grandes caixotes de cartão que te serviam de parque, irmã. Maria dos Santos, a tua Avó, perdeu por fim a única neta nesse Natal de 1972. Ainda te sobreviveu seis anos e faleceu em 1978. Uma Avó Coragem… eu ia ali muito à casa da frente para onde vocês tinham mudado poucos meses antes de tu faleceres, tratar dos canários e fazer alguma companhia, claro. Fui a neta adoptiva, a única que restou.
Olha… ainda acabei o barco em miniatura que tu deixaste incompleto. Acho que era o “H.M.S. Beagle”, onde Darwin foi na expedição às Galápagos. Os teus livros de Russo agarrei neles e também estudei um bocado. Pelo menos sei o alfabeto e sei ler mas hoje em dia só me lembro aí de umas 20 palavras… nesse tempo sabia muitas mais. A ti é que o Russo te ia fazer falta para quando entrasses no Gabinete da Área de Sines… para mim o Russo foi apenas um desafio e o gosto pelas línguas. Mais um hobby nas férias passadas no Alentejo…
Também tenho comigo muitos versos e desenhos teus, já tinha alguns, mas, finalmente com a entrega do teu pequeno apartamento que se fará ainda este mês, encontrei todos os teus papéis que ali ficaram durante 36 anos, em que a pequena casa foi servindo de biblioteca e armazém, depois do falecimento da Avó.
Dos montes dos teus livros, li os do “Santo” e os do Zane Grey todos. Claro que os da tua infância, os Cinco, a Semana de Aventuras, a Condessa de Ségur e o Emílio, esses já os tinha lido todos, ainda eles estavam na gaveta de baixo da cómoda, no quarto independente, onde eu regularmente me ia abastecer.
De coisas mais antigas que o Pai vai contando às vezes, lá sei que, logo depois de a tua Mãe Albertina ter falecido de tuberculose com cerca de 25 anos, o Pai e a Avó contigo ao colo vinham todos os dias de Mem Martins para Lisboa no combóio de Sintra. Depois, no eléctrico, mesmo depois de fazeres 6 anos continuaste a não pagar bilhete durante mais uns anos, pois todos os revisores conheciam a pequenita Calila, órfã de Mãe, que vinha sempre ao colo da Avó há tantos anos no mesmo eléctrico.
Também encontrei versos de tua Mãe Albertina e tua Tia Felismina, que amorosamente guardavas sem ter conhecido nem uma nem outra. Ambas com grande veia poética, tua Mãe e Tia foram colaboradoras na "Revista Trastagana" de Évora, até falecerem. Eu só soube disso agora que encontrei meia-dúzia dessas revistas, de 1936. A veia poética passou para ti, de tua Mãe e de nosso Pai. Agora, apesar de tão idoso, recuperou a saúde que parecia estar a abandoná-lo o ano passado, felizmente.
Um destes dias começarei a publicar algumas obras tuas, entre desenhos, poemas, prosas por aqui. Não se sonhava, no ano em que faleceste, que a Tecnologia de hoje em dia permitisse uma coisa dessas.
Irmã, terei de escrever mais sobre ti, para que alguns Amigos meus fiquem a conhecer algo da pessoa que já eras e cuja vida e talento, cortados cerce na nefasta senda de tua Mãe e Tios, ainda tanto tinham para dar.
Recebe um beijo de nosso Pai e desta tua irmã
Leonor

UM SONETO DE MARGARIDA (dedicado a seus padrinhos)
Para a Madrinha e o Padrinho, o Fernando Manuel, a Dadi, o “tio” Hermínio.
Se sinto tanto afecto, só de olhá-los,
É pena desigual deixar de vê-los;
Se presumo, com obras, merecê-los,
Má paga deste engano é chateá-los.
Se me vêm saudades, ao lembrá-los,
É por ter aprendido a conhecê-los;
Se mais me quero a mim, por bem querê-los,
Mais me aflige a ideia de deixá-los.
Expressões menores são, que o pensamento,
Estas tão pobres rimas, com que tento
Com fraco engenho, dizer forte sentir.
Ainda os não deixei, e, que ironia!
Falta-me já a vossa companhia;
Sobeja-me a tristeza de partir.
Margarida
7/10/71
(Infelizmente, este Soneto de minha Irmã, aos 24 anos, veio a revelar-se premonitório.)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Agradeço-te muito, querida Gasolina!
[Palavras da Gasolina]
A uma Jardineira ímpar: ASPÁSIA
No JARDIM de ASPÁSIA podem colher-se flores e pisar-se os canteiros.
Podemos encantar-nos com poesia. Com ciência. Com velhas coisas que se tornam novas à luz do dia. Com viagens por vários Países. Com humor e boa disposição e muito principalmente com o factor surpresa.
Em Dezembro o Jardim de Aspásia. Primavera garantida.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Come Fa Freddo Stanotte
(Como Faz Frio Esta Noite)

Come fa freddo stanotte
Come sento che non stai
Amore son´ cosi sola
Ma spero che arriverai
La raggione se ne va
Lontano in questo sogno
Sei tu o anima cara
Tutto quello ho bisogno.
Già la mia testa ferve
Di tanto pensare a te
Ma nel tuo sogno breve
Magari tu pensi a me…
Come fa freddo stanotte
Freddo anche nel mio cuor´.
E queste parole vuote
parlano piene d´amor´.
Como sinto que não estás
Amor estou tão sozinha
Mas espero que chegarás.
A razão vai para longe,
Deste sonho ela se afasta.
Tu és ó alma querida
Tudo quanto a mim me basta.
A minha cabeça ferve
de tanto pensar em ti.
Mas nesse teu sonho breve
talvez tu penses em mim.
Como esta noite está fria
e frio no meu coração
e estas palavras vazias
falam cheias de paixão.
domingo, 30 de novembro de 2008
PRÉMIO MasterBlog
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
PRÉMIO DARDOS

APESAR DE ULTIMAMENTE ANDAR ALGO ARREDADA DESTE MUNDO BLOGOSFÉRICO, RECEBI RECENTEMENTE ESTE PRÉMIO DO VÍTOR DA OFICINA DAS IDEIAS E DA GASOLINA DA ÁRVORE DAS PALAVRAS. MUITO OBRIGADA, AMIGOS!
QUEM AQUI COSTUMA PASSAR, E O DESEJAR, PODE LEVAR À VONTADE! NÃO VOU DARDEJAR, POIS TODOS OS QUE ME VISITAM, SÃO MERECEDORES.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
"Foi assim que ela aprendeu..."
(um texto de minha Mãe)
Passa hoje mais um aniversário natalício de minha Mãe Carlota, que, se ainda estivesse entre nós, faria 88 anos de idade.
Tendo já, neste dia em 2006, dado algo a conhecer da sua vida e morte e publicado um poema seu – infelizmente ela destruiu a maioria deles – gostaria hoje de convosco partilhar uma pequena história verdadeira, por ela escrita quando ainda leccionava no Colégio Valsassina, pelos anos 70 ou 80 do século passado.
Minha Mãe leccionou nesse mesmo Colégio como professora efectiva da então “4ª classe”, desde 1952 a 1987, com um intervalo de 3 anos devido ao meu nascimento, em 1957. Mas já desde 1940 percorrera várias escolas, ensinando em pequenas aldeias alentejanas.
O pequeno relato refere-se às suas primeiras “lições” dadas, ainda com 14 anos - pois só completaria 15 em Novembro - a uma pequenita de Estremoz, terra de onde ambas eram naturais.

FOI ASSIM QUE ELA APRENDEU...
Era uma criança pequenina para os seus seis anos, ainda incompletos.
Olhos pretos, muito vivos, faces sempre rosadas, aventalinho de chita rematando com lacinhos nos ombros eram as notas mais flagrantes para quem a observasse.
Ela estava ali todas as manhãs daquele mês de Setembro, manhãs quase sempre frias e enevoadas, a prometerem um Outono pouco ameno.
Trazia a saquinha de linhagem grosseira, sarapintada de cores garridas. Dentro dela vinha a “Cartilha Maternal” e uma pequena ardósia com lápis do mesmo, pendurado por um fio preso à moldura de madeira que a enquadrava - para não se perder...
Quando chegava sentava-se na sua cadeirinha que arrumava com grande cuidado antes de ir para casa.
Depois ficava a esperar, ansiosa, que eu lhe desse lição e “passasse a escrita” como ela lhe chamava.
Vinha ali para aprender as “primeiras letras” conforme o pai me pedira, “pagando o que fosse preciso” - insistia ele -, porque o seu maior desejo era que a filha, quando entrasse para a Escola, “não fosse sem saber nada...”
Apesar dos meus catorze anos e de não me sentir ainda à altura de tão importante tarefa, acabei por aceder ao pedido daquele pai tão preocupado e foi assim que tive a minha primeira aluna...
Lá por meados de Outubro, quando ela foi para a Escola, já quase sabia ler e, com grande presunção, escrevia na sua pequena ardósia as tais “primeiras letras”, como seu pai tanto desejava.
... Era assim, naquele tempo...
... Setembro de 1935...
Carlota/
(escrito nos anos 80)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Reprodução do texto:
LEVAR A CARTA À BRUXA
A história dos Correios é fértil em pequenas histórias como a que nos conta o nosso amigo Artur Costa, de Viana do Castelo. Leia-se esta, que é saborosa:
Na manhã de 14 de Dezembro, o Centro de Distribuição Postal de Ponte de Lima entrou em reboliço. Acabara de chegar um «registo» de França, com endereço enigmático, que tinha de ser entregue ao destinatário.
A carta vinha dirigida: «D. Maria espeçalisada en travalhos en cubertos sabiá lugar de Frestelas concelho de Ponte de Lima». Ora, Marias há muitas, mesmo na pacato freguesia de Friastelas. Mas, em trabalhos às escondidas e sábia, era só uma: a «bruxa» de Friastelas, especializada na cura de maleitas do corpo e da alma. Estava decifrado o enigmático endereço. A carta, era de facto para a senhora que, a coberto de crendices, «resolvia» muitas situações, vindas até do outro mundo. E tem fama de sábia, nestas habilidades que pratica, segundo diz, «por’mor de Deus».
Sem dúvida que passado o primeiro impacto de endereço tão esquisito, houve um certo alívio pela descoberta. O expedidor, certamente, recordou-se que, em Portugal, os Correios ainda se preocupam no descoberta das charadas e na boa intenção de cumprir a missão de levar a carta a Garcia... ou mesmo à «bruxa encoberta».
(in Jornal dos Correios, 1989)
A Dona Maria em acção!...
Agora digo eu: hoje em dia já a Dona Maria não corre o risco de não receber a correspondência pois já tem o seguinte e-mail:
DONAMARIASABIÁESPEÇALIZADAENTRAVALHOSENCUBERTOS@FRESTELAS.PÊTÊ
para onde poderão enviar os vossos pedidos de benzeduras, maus-olhados, magias brancas, pretas, cinzentas ou mesmo às riscas!!!
sábado, 18 de outubro de 2008

procurando ir mais além,
numa busca, numa lida,
vamos todos, mal ou bem.
Por vezes há desenganos
e há pedras no caminho...
Com o avançar dos anos,
vamos mais devagarinho.
Todos buscamos um Bem
chamado Felicidade
e nem sempre ele nos vem...
Mas diga-se, em verdade,
apesar disso, há alguém
que não sonhe a Eternidade?
Leonor 94
terça-feira, 14 de outubro de 2008
APANHADA PELA PAPARAZZA ELVIRA,
TORNEI-ME UMA VEDETA MUNDIAL...
À AMIGA ELVIRA CARVALHO, QUE, COM O MAIOR CARINHO, "DIVULGOU A MINHA FOTO DE ANIVERSÁRIO AOS MEDIA, MUSEUS E INSTITUIÇÕES DE TODO O MUNDO", AGRADEÇO TER-ME TORNADO NUMA VEDETA INTERNACIONAL! ASSIM, USEI AS FOTOS POR ELA TIRADAS PELO MUNDO, PARA REALIZAR ESTE SLIDESHOW.
QUE BRINCADEIRAS COMO ESTA QUE A ELVIRA ME (NOS) PROPORCIONOU, CONTINUEM A AMENIZAR COM AMIZADE OS NOSSOS DIAS, ÀS VEZES NEM SEMPRE MUITO "ENSOLARADOS"!
domingo, 12 de outubro de 2008
NÃO SEI QUE É ISTO, QUE O TEMPO
POR NÓS CORRE A BOM CORRER,
OU O NOSSO PASSO É LENTO
DEMAIS, P´RÓ TEMPO VENCER?
SE UMA HORA FOSSE UM DIA,
E UM DIA UMA SEMANA,
NÃO ANDAVA EM CORRERIA
E IA MAIS CEDO P´RÁ CAMA!
SOU CAÇADORA DE TEMPO
MAS TENHO MÁ PONTARIA,
PENSO GASTAR UM MOMENTO,
MAS MAIS RÁPIDO QUE O VENTO,
VEJO FUGIR, LESTO, O DIA!
SE AS HORAS FOSSEM DOBRADAS,
E SE EU TIVESSE OITO BRAÇOS,
TINHA AS ARCAS ARRUMADAS,
COMPUNHA ODES E BALADAS,
IA MAIS AOS VOSSOS ESPAÇOS!
ASSIM, UM ANO VOOU,
A CORRER DESENFREADO,
O CRONOS ME ULTRAPASSOU,
UM ANO MAIS VELHA ESTOU,
E O PRESENTE JÁ É PASSADO!
NESTA NOITE DE LUAR
PASSA A HORA, O DIA E O ANO.
EU QUERIA ERA BRINCAR,
MAS A IDADE A AVANÇAR,
ROUBOU-ME TAL LEDO ENGANO!
MAIS UM P´RÁ CONTA CORRENTE,
OUTRA ONDA NO MEU MAR...
RESTA-ME SEGUIR EM FRENTE,
SE NÃO ME SENTIR DOENTE,
SE A FAMÍLIA VIR CONTENTE,
JÁ NÃO ME POSSO QUEIXAR!
"Ornamentada" com as flores oferecidas pelo Pai,
deixo beijinhos para todos AMIGOS E AMIGAS,
esperando para o ano que vem,
poder servir o bolo a horas mais decentes!
terça-feira, 7 de outubro de 2008
meu barco vagabundo
errando ao sabor das ondas
levou-me lá um dia...
A ilha é pequenina
mas a fada que a habita
gentilmente nos convida
a irmos em visita!
Youkali, é o país dos nossos desejos
Youkali é a felicidade, é o prazer...
Youkali é a terra onde esquecemos os nossos cuidados...
é, na nossa noite, como o alvorecer,
a estrela que seguimos é Youkali!
Youkali é o respeito pelos votos trocados,
Youkali é o país dos amores partilhados,
é a esperança nos corações humanos,
a libertação, que amanhã esperamos!
Youkali, é o país dos nossos desejos
Youkali é a felicidade, é o prazer...
Mas é um sonho, uma loucura,
pois Youkali, não existe nenhuma!
E a vida prossegue,
estafante, quotidiana,
mas a pobre alma humana,
procurando o olvido,
tem, p´ra deixar a terra,
de encontrar o mistério
onde os sonhos residem
em alguma Youkali...
Youkali, é o país dos nossos desejos
Youkali é a felicidade, é o prazer...
Youkali é a terra onde esquecemos os nossos cuidados...
é, na nossa noite, como o alvorecer,
a estrela que seguimos é Youkali!
Youkali é o respeito pelos votos trocados,
Youkali é o país dos amores partilhados,
é a esperança nos corações humanos,
a libertação, que amanhã esperamos!
Youkali, é o país dos nossos desejos
Youkali é a felicidade, é o prazer...
Mas é um sonho, uma loucura,
pois Youkali, não existe nenhuma!...
Tradução adaptada do Francês
Aspásia 08
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Uma Chama para Flávia
A CHAMA QUE FOI PERDIDA
NÃO POSSA FLÁVIA MORRER
SEM TER CONHECIDO A VIDA.
FLÁVIA, POR TEU MAL PERDESTE
A CHAMA DO TEU VIVER.
MAS QUE TEU FOGO CELESTE
SE POSSA REACENDER.
NUM DIA DE INFELICIDADE
FOSTE TRAGADA E CUSPIDA.
QUE ENCONTRES NA TEMPESTADE
A CHAMA QUE FOI PERDIDA!
MUITA GENTE TE QUER BEM
POR ISSO HOJE VAI ESCREVER.
GRITEMOS COM TUA MÃE:
- NÃO POSSA FLÁVIA MORRER!
MEU VOTO, DEIXO, PROFUNDO:
- NUNCA TE DÊS POR VENCIDA!
NÃO PARTIRÁS DESTE MUNDO
SEM TER CONHECIDO A VIDA!
Aspásia 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
JUANITA CUENCA
visitou Lisboa em 1951
Johnny Guitar
Juanita Cuenca
(Transferi o meu PPS para vídeo e coloquei no Youtube. Eis o resultado...)
sábado, 16 de agosto de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
À época, eu ainda estava integrada na Portugal Telecom, onde foi organizado um concurso interno cujo tema era precisamente a Expo 98, em várias modalidades: Prosa, Poesia, Desenho, Artes Plásticas...
Concorri então com o poema que se segue - com alguma colaboração de meu Pai - e o qual obteve o 1º prémio em Poesia, que materialmente constava de um passe trimestral para a Expo e um Bipper (aquele aparelhinho onde ficava registado o telefone de quem nos bipava, para depois nós ligarmos de volta, lembram-se?)
Infelizmente não pude então gozar o passe mais do que uns dez dias, devido ao estado de saúde de minha Mãe, à altura.
Ainda assim, deu para visitar muita coisa... e, além das muitas fotos que tirei, também ficou como recordação do evento, o poema que hoje convosco compartilho, e que foi assinado com o pseudónimo “Gaivota”.

Lá p´ràs bandas do Oriente
desta Lisboa formosa,
foi trabalhar muita gente
empenhada e diligente,
em construção grandiosa.
Viu-se crescer dia a dia,
num ritmo vivo e afoito
- parece obra de magia,
vai ser um Mar de alegria,
a Expo 98!
Ó se pudessem voltar
Camões, o Gama, o Infante!
E com o Gil visitar
a exaltação do Mar
nesta obra de gigante.
Ó Expo, ó Expo,
futuro e passado
reúnes num só;
não ver-te é pecado
e passar-te ao lado
é de meter dó!
Cultura, tecnologia,
te sustentam, de mãos dadas;
fazes lembrar, hoje em dia,
com audácia e harmonia,
a glória de eras passadas.
Mostrarás, em profusão,
animais do mar profundo:
vem do Mar Negro o esturjão,
dos corais, o tubarão,
baleias, de todo o mundo!
Virão, de muitas nações,
gentes de várias culturas;
entre Sol, Mar, emoções,
pensarão, com mil razões,
voltar em férias futuras.
Ó Expo, ó Expo,
Tejo azul à vista!
Lisboa! Ó Cidade!
Deslumbra o turista,
qual tela de artista
em tons de saudade!
"Gaivota"
RÃO KYAO
segunda-feira, 23 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
ORGANISTA OFERECE-SE!
(Um texto de humor musical)
ANDO, DEVIDO À MINHA EX-CASSETTEZ DE MEIOS (TONS), PROCURANDO EMPREGO COMPATÍVEL E SUFRAGANDO O VOSSO INSIGNE, AINDA QUE INSIGNIFICANTE ÓBULO, FINANCEIRO OU GENÉRICO ( ACEITO QUALQUER GÉNERO MUSICAL, INCLUINDO A PALINÓDIA, A ANTÍFONA E O CANTO AMBROSIANO ), ISTO POR MÔR DE MANDAR AFINAR O ÓRGÃO, PÔR UM SI BEMOL NOVO, DESENFERRUJAR UM FÁ SUSTENIDO DUPLO, INSTALAR UMA PEDALEIRA AQUECIDA A GÁS, DAR-LHE SOPAPOS NOVOS, MANDAR FAZER POR MEDIDA, EM SAVILLE ROW, UM FOLE DE VELUDO AZUL, CONTRATAR UM FOLEIRO BARATO COM O CURSO SUPERIOR DE FOLE DO CONSERVATÓRIO PARA ENCHER O RESERVATÓRIO, E COMPRAR DEZ PARES DE LUVAS DE LÃ ADIGITALIZADAS (SEM DEDOS) PARA ENSAIAR NO PRÓXIMO INVERNO, POIS COMO PODEM VER NA FOTO ABAIXO, POR FALTA DE ESPAÇO EM CASA PARA O ÓRGÃO, QUE NÃO CABE ASSIM EM QUALQUER LADO, PEDI A UNS AMIGOS CAVERNÍCOLAS PARA O PÔR NA SALA DELES, NA QUAL, COMO DEVEM CALCULAR, SE PASSA UM FRIO DE RACHAR.
Caverna onde efectuo os meus ensaios
BEM HAJAM POIS, MEUS CAROS E ABNEGADOS FUTUROS MECENAS!!!
vosso dedilhado, digo, dedicado,
Maestro Eufónio Sousafone Mordente

Eufónio - espécie de trompa de som doce.
Sousafone - o maior dos instrumentos de sopro, inventado por John Philip de Sousa.
segunda-feira, 26 de maio de 2008

PENEDO, ROCHA, PEDRA, PEDREGULHO,
ESTERCO, CINZA, LIXO, LAMA, ENTULHO,
OSSADA, FERRO-VELHO, REBOTALHO.
BARROTE, TÁBUA, TORO, LENHA, GALHO,
CAVACOS, SERRADURA, PÓ, GORGULHO,
DISCÓRDIA, DESCONCERTO, SERRABULHO,
DESORDEM, GUERRA, LUTA, MOTIM, RALHO.
REMORSO, INQUIETAÇÃO, ANSIEDADE,
CRETINOS, INTRUJÕES, INCOMPETENTES,
DESTRÔÇO, MORTE, NADA, ETERNIDADE...
EIS COSMOS, ESTRÊLAS, MUNDOS, CONTINENTES,
PLANÍCIE, SERRA, MAR, CAMPO, CIDADE,
SISTEMAS, GERAÇÕES, COSTUMES, GENTES!

segunda-feira, 19 de maio de 2008
É preciso economizar em tudo, até nas Orquestras!
NOVIDADE! NO FIM DO POST HÁ UM PLAYER PARA OUVIR O TEXTO LIDO EM VOZ ALTA

1. Durante períodos consideravelmente longos, os quatro operadores de oboé nada tiveram que fazer. O número de operadores deve pois ser reduzido e o respectivo trabalho distribuído de forma mais uniforme ao longo do concerto, eliminando assim “pontas” de actividade.
2. Os doze violinos (por acaso não eram os Doze Violoncelos de Berlim…) tocavam notas idênticas. Isto parece constituir uma desnecessária multiplicação de esforços. O pessoal desta secção deve ser drasticamente reduzido. Se, no entanto, for necessária uma quantidade de som equivalente, poderá ser obtida por meio de aparelhagem electrónica.
3. Verificou-se que se faz grande esforço na produção de fusas, o que parece ser uma complicação desnecessária. Recomenda-se, portanto, que todas as notas sejam arredondadas para a mais próxima semicolcheia. Se se fizer isto, poderá, além disso, utilizar-se maior quantidade de aprendizes e operadores de mais baixa graduação profissional e, portanto, de menor salário.
4. Parece haver demasiada repetição de algumas passagens musicais. As partituras deverão, pois, ser drasticamente revistas e expurgadas. Não parece haver utilidade em fazer repetir pelos metais um trecho já executado pelas cordas. Calcula-se que, se todos os trechos redundantes forem eliminados, o tempo total do concerto poderá ser reduzido de duas horas para cerca de vinte minutos. Além disso, não haverá necessidade de um intervalo a meio do concerto.
5. Considera-se, aliás, que um exame mais profundo do problema poderá trazer ainda outros benefícios.
Parece, por exemplo, haver ainda largo campo para aplicação de uma “atitude crítica” a muitos dos métodos de funcionamento uma vez que são, na maior parte dos casos, tradicionais e não foram modificados há vários séculos.
terça-feira, 13 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pormenor de Portugal e Espanha: o Zé Povinho segura um pau que é ferrado por causa das moscas... e o toureiro espanhol usa a espada do Cid.

RING ZOOLÓGICO INTERNACIONAL (1941)
Autor: DUARTE ALMEIDA
Edição de Almeida & Sotto Mayor, L.da
Rua de Silva Teles, 31-3º
LISBOA
Tele {fone 4 638
{gramas MAPAS
Documentos digitalizados do:
Arquivo Domiciliário da
TORRE DO POMBO
Conservadora, Directora, Bibliotecária e Espanadora de Pós de Perlimpimpim e Teias de Aranha:
Prof.ª Dr.ª Espanadora
(Doutorada em Espanologia
pela Faculdade de GIZÉ - Egipto)
ASPÁSIA da PENHA da GÁLIA
MCLXX- CCLXIV OLISSIPUM
QUINTUM IMPERIUM DE MUITO EM BAIXUM...
Prelúdio do TE DEUM
Marc-Antoine Charpentier
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Leitão assado das Mercês... ofereço à Amigona, à Narnia, à Sophiamar, à Teresa David e ao Jorge Sineiro !
PinGente, olha, a Biciclete Sterling é para ti!!!
Nem tu podias perder essa linha a comer leitão;)...
Gasolina, os Táxis 92 e 31, que pronta e permanentemente atendem toda as presadas chamadas a qualquer hora adiantada da madrugada, precisam muito de ti para não falharem!
A Pah Nã Sei não viu este anúncio
aquando do seu recente casório... que pena!
Ó Pah já viste o que teria sido tu e o teu príncipe no Táxi 31!!!
Arranjavam um ganda 31 tá visto ;)...
A taberna, não estou a ver a quem possa fazer jeito...
Bem, não sei se na Aldeia do Sineiro Jorge, existe taberna;) !!!
Sempre podia pôr os agentes da TUSA a vender umas ginginhas!...
Quanto aos 10 a 20 contos, quem os tenha que empreste a juro baixo que o homenzinho está hipotecado, coitado...

Inscrever-se na THEMIS é um acto de previdência para todos os automobilistas - eu não me inscrevi porque só conduzia burricos, como viram num Post atrás!...
Velha Tendinha
Lusitânia Ensemble