* * *
As Velhas Canções Ruins
As velhas canções ruins,
e os maus sonhos sem razão,
vamos agora enterrá-los.
Trazei-me um grande caixão.
Muita coisa que eu não digo,
lá dentro há-de ter albergue,
deve o caixão ser maior
do que o tonel de Heidelberg.
Procurai-me um ataúde
de madeira, que não rompe,
que ele seja mais comprido
que, de Mogúncia, é a ponte.
Trazei-me doze gigantes
que pesados fardos movam,
maiores que, na catedral
de Colónia, é São Cristóvão.
No caixão devem pegar,
deitá-lo ao mar, na fundura,
pois, que a tão grande caixão,
cabe grande sepultura.
Sabeis vós, porque assim quero
caixão tão vasto e potente?
Para deitar meu amor
e a minha dor, juntamente.
In "Livro de Canções" - Tradução de A. Herculano de Carvalho
As velhas canções ruins,
e os maus sonhos sem razão,
vamos agora enterrá-los.
Trazei-me um grande caixão.
Muita coisa que eu não digo,
lá dentro há-de ter albergue,
deve o caixão ser maior
do que o tonel de Heidelberg.
Procurai-me um ataúde
de madeira, que não rompe,
que ele seja mais comprido
que, de Mogúncia, é a ponte.
Trazei-me doze gigantes
que pesados fardos movam,
maiores que, na catedral
de Colónia, é São Cristóvão.
No caixão devem pegar,
deitá-lo ao mar, na fundura,
pois, que a tão grande caixão,
cabe grande sepultura.
Sabeis vós, porque assim quero
caixão tão vasto e potente?
Para deitar meu amor
e a minha dor, juntamente.
In "Livro de Canções" - Tradução de A. Herculano de Carvalho
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