quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O que a gente teria perdido se eles não tivessem sido Compositores!...

Calculam o que alguns compositores também faziam... ou estavam para fazer? Não??? Então leiam!...



Hector Berlioz esteve para ser médico osteologista.

Heitor Villa-Lobos também queria ser médico. (Parece então que os Heitores têm tendência para a Medicina... vocês conhecem algum Dr. Heitor... que também componha?).

Débussy esteve para ser marinheiro (por isso, depois terá composto “O Mar”. Bela sublimação!).

Rimsky−Korsakov era Oficial de Marinha.

César Cui era engenheiro de fortificações militares.

Antonin Dvorak era para ser estalajadeiro e açougueiro, como seu pai queria, para continuar o negócio...

Arnold Schönberg foi bancário.

Charles Ives fui funcionário de Seguros.

Jan Sibelius estudou Direito.

Piotr Tschaikovsky trabalhava no Ministério da Justiça.

O pai de Dimitri Dimitrievich Shostakovich era engenheiro, também se chamava Dimitri, como se vê pelo 2º nome do filho... e trabalhou como assistente de Mendeleieff – o criador da Tabela Periódica dos Elementos – no Instituto de Pesos e Medidas de Moscovo... naturalmente esperava que o filho também o seguisse na Engenharia, além de o ter seguido no nome...




Bem, mas felizmente para nós, todos eles foram Compositores!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Trovas Soltas

AMIGAS/OS, este Poema já antiguinho vai servir de base para responder ao desafio que a PIN GENTE me deixou: escrever um texto em que entrem 12 palavras incontornáveis para cada um de nós... PIN GENTE, espero que compreendas e me desculpes a batota!




A Vida é luta infindável
que todos querem ganhar;
mas vencer é improvável,
por isso, é aconselhável
com perspicácia jogar.

Muitos houve que trilharam
caminhos de perdição;
outros que desesperaram,
corpo e alma destroçaram,
por obter libertação.

Tenho sede de Absoluto
e ânsia de Perfeição
Eu sou diamante em bruto
que sonha a cada minuto
na sua lapidação.

Se dizem que ele houve um Deus
que de Si me copiou,
rasgarei da noite os véus
e indagarei dos céus
se esse Ser me originou.

Se é loucura querer saber
e pecado querer amar,
pecadora quero ser
e, alienada, sofrer
escárnio da gente vulgar.

Procuro fazer crescer
o pouco que tive em sorte;
quero amar, rir e sofrer
− pois não é por não viver
que terei perdão da Morte.

Aspásia 98


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

OBRAS DEVIDAS A GATO NO PC

GATO NO PC

MIAU, MIAAAAAU!!! DAQUI NÃO SAIO, ESTOU QUENTINHO COM ESTE SOBREAQUECIMENTO DA MOTHERBOARD...


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

CONTRA A PEDOFILIA

NÃO MEREÇO O QUE ME VAIS FAZER!
SOU CRIANÇA, NÃO QUERO DEIXAR DE O SER!

PARA OS NAMORADOS E NÃO SÓ...


Saovalentim


From: guestabfe74, 1 hour ago





DIA DE SÃO VALENTIM
(PPS DE ASPÁSIA - PORTUGAL)


SlideShare Link

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sonho Azul


Imagem daqui


Um dia, idealizei um sonho inolvidável,
de cores mil, de mil aromas cheio...
E em que tu e eu vogávamos no meio
de um mar azul e inimaginável.

Num embalo doce, as águas deslizavam...
E, nesse veleiro quase imponderável,
e sob os suaves raios de um sol inigualável,
em muda adoração nossas almas vibravam...

Êxtases de cor e tons de maresia
eram companheiros nessa longa viagem,
cúmplices do nosso amor de noite e dia...

E, quando ao crepúsculo morria a aragem
e se aproximava a hora da vigia,
no espelho azul das águas, tremia a nossa imagem
no espelho dos teus olhos, o amor se reflectia...

Aspásia 94



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Margarida, minha Irmã



Maria Margarida Fernandes de Carvalho Nascimento

(7 de Fevereiro 1947 - 14 de Dezembro 1972)

- Retrato a Óleo (póstumo)




Jogando à bola com o Pai - 1956


Irmã, se fosses viva farias hoje 61 anos.

Infelizmente partiste muito cedo, tão cedo que ainda quase não nos conhecíamos… eu entrava em pleno na adolescência e tu eras 10 anos mais velha, e embora vivesses aqui no prédio com a tua Avó, pouco convivíamos a não ser ao fim de semana ao almoço, ou quando eu passava lá por baixo pelo quarto independente da D.ª Emília, mas poucas vezes estavas. A Faculdade de Direito tomava-te quase todo o tempo e a nossa diferença de idades era bastante significativa no nosso escalão etário.

Além disso, tinhas as tuas amigas, a Jusse, já desde o Liceu, a cuja quinta ias andar a cavalo e que se formou em Direito no mesmo ano que tu – 1969 - e a brasileira Lúcia, que tinha vindo para Portugal e tinha dois anos menos que tu, conheceram-se no voleibol… a Lúcia, tão acarinhada por ti e pela Avó Maria, quando veio estudar Medicina para Portugal. A Lúcia, que nem sempre tinha muito dinheiro e almoçava muitas vezes contigo e a Avó. A Lúcia, que te convidou para ires ao Brasil, à casa dela no Rio Grande do Sul, no Natal de 1972. A Lúcia… que colocou o que restou de ti depois do acidente no jazigo da família dela, na cidade de Bento Gonçalves. A Lúcia… seria preferível não teres conhecido a Lúcia de Souza???

Foi longa aquela noite de 14 de Dezembro de 1972.

O telefone tocou pelas 10 da noite. Tu tinhas partido com a Jusse e a Lúcia para o Brasil no dia 7 ou 8… já tínhamos recebido dois ou três postais teus… e depois dessa noite ainda recebemos mais um ou dois… o Correio era lento do Brasil para cá… nunca aqui em casa se tinham recebido postais de uma morta, até então. Claro que os tenho todos guardados, e recentemente encontrei outros mais.
O nosso Pai atendeu. Pela cara e de onde vinha o telefonema… eu percebi logo que algo grave, muito grave se tinha passado.
“Um acidente. Um camião em sentido contrário... A sua filha ia a conduzir. Com as amigas Jusse e Lúcia e o pai iam todos no carro deste último… O camião perdeu a mão, ou pareceu vir contra o carro… A sua filha tentou desviar-se. O carro despistou-se: A sua filha foi projectada pelo vidro da frente. Foram todos levados ao hospital. A sua filha faleceu. As amigas e o pai da Lúcia, feridos, mas vivos… Quer trasladar a sua filha para Portugal?”
Eu e a minha Mãe estávamos já em prantos. O nosso Pai, lívido, mas nem uma lágrima. “Para que quero eu aqui uma filha morta? Fica aí convosco que fica bem… Antes quero dar esses 400 contos à minha filha viva – eu – do que a uma filha morta que já de mais nada precisa.”

Desligou o telefone. Eu estava num choro que só dois dias depois é que foi passando.



Maria dos Santos, a Avó Maria, perdeu o marido, a filha mais velha Felismina de 20 anos, a filha Albertina de 25 e o filho Jaime (pai de Jaime Fernandes, locutor de rádio), todos levados pela tuberculose. E finalmente sua neta Margarida de 25 anos, minha meia-irmã, num acidente de viação no Brasil.



E agora? Como dizer a uma Avó-Mãe, que já perdera o marido, o filho e as duas filhas, todos levados pela tuberculose… e que só via a neta desde que ficou órfã com um ano de idade… que a neta de 25 anos acaba de morrer no Brasil?



No Casamento dos meus Pais (de laçarote) - Agosto 1956



Lá fomos em féretro a casa da Dona Emília. Os rapazes estavam também, o Adrião, o e o Paulo. (Ah, a propósito, irmã. O Zé já se foi, fez um ano em Dezembro, com 50 anos… Foram muitos anos de droga… o irmão dele, o Adrião, andou ali a tirar os velhos móveis e candeeiros do 1º andar. Eu e o Pai vínhamos a entrar e lá lhe demos os sentimentos. O Adrião, mais novo que tu uns 6 anos, tem quatro filhos e já é avô, calcula… O Paulo teve uma doença grave, mas está controlado. A minha Mãe também já se foi em Abril de 2002. A Mãe deles, D.ª Emília, que também foi tua segunda mãe, foi logo a seguir, em Maio desse ano. Felizmente não viveu para assistir à morte do filho Zé.)

Nem me lembro já com que palavras, o meu Pai lá contou à tua Avó o sucedido. Pois ficou como calculas… ou viste daí… Uma vida inteira a criar-te. Era tua Mãe, além de Avó. Maria dos Santos, viúva do marido, “órfã” de 3 filhos, entre os quais a tua Mãe, Albertina, 1ª mulher do nosso Pai. Maria dos Santos, de Vila Nova do Ceira, Monteira, Góis. Maria dos Santos, analfabeta, ex-empregada no Instituto Pasteur, onde lavava frascos de vidro e onde foste criada dentro dos grandes caixotes de cartão que te serviam de parque, irmã. Maria dos Santos, a tua Avó, perdeu por fim a única neta nesse Natal de 1972. Ainda te sobreviveu seis anos e faleceu em 1978. Uma Avó Coragem… eu ia ali muito à casa da frente para onde vocês tinham mudado poucos meses antes de tu faleceres, tratar dos canários e fazer alguma companhia, claro. Fui a neta adoptiva, a única que restou.

Olha… ainda acabei o barco em miniatura que tu deixaste incompleto. Acho que era o “H.M.S. Beagle”, onde Darwin foi na expedição às Galápagos. Os teus livros de Russo agarrei neles e também estudei um bocado. Pelo menos sei o alfabeto e sei ler mas hoje em dia só me lembro aí de umas 20 palavras… nesse tempo sabia muitas mais. A ti é que o Russo te ia fazer falta para quando entrasses no Gabinete da Área de Sines… para mim o Russo foi apenas um desafio e o gosto pelas línguas. Mais um hobby nas férias passadas no Alentejo…

Também tenho comigo muitos versos e desenhos teus, já tinha alguns, mas, finalmente com a entrega do teu pequeno apartamento que se fará ainda este mês, encontrei todos os teus papéis que ali ficaram durante 36 anos, em que a pequena casa foi servindo de biblioteca e armazém, depois do falecimento da Avó.

Dos montes dos teus livros, li os do “Santo” e os do Zane Grey todos. Claro que os da tua infância, os Cinco, a Semana de Aventuras, a Condessa de Ségur e o Emílio, esses já os tinha lido todos, ainda eles estavam na gaveta de baixo da cómoda, no quarto independente, onde eu regularmente me ia abastecer.
De coisas mais antigas que o Pai vai contando às vezes, lá sei que, logo depois de a tua Mãe Albertina ter falecido de tuberculose com cerca de 25 anos, o Pai e a Avó contigo ao colo vinham todos os dias de Mem Martins para Lisboa no combóio de Sintra. Depois, no eléctrico, mesmo depois de fazeres 6 anos continuaste a não pagar bilhete durante mais uns anos, pois todos os revisores conheciam a pequenita Calila, órfã de Mãe, que vinha sempre ao colo da Avó há tantos anos no mesmo eléctrico.


Também encontrei versos de tua Mãe Albertina e tua Tia Felismina, que amorosamente guardavas sem ter conhecido nem uma nem outra. Ambas com grande veia poética, tua Mãe e Tia foram colaboradoras na "Revista Trastagana" de Évora, até falecerem. Eu só soube disso agora que encontrei meia-dúzia dessas revistas, de 1936. A veia poética passou para ti, de tua Mãe e de nosso Pai. Agora, apesar de tão idoso, recuperou a saúde que parecia estar a abandoná-lo o ano passado, felizmente.
Um destes dias começarei a publicar algumas obras tuas, entre desenhos, poemas, prosas por aqui. Não se sonhava, no ano em que faleceste, que a Tecnologia de hoje em dia permitisse uma coisa dessas.

Irmã, terei de escrever mais sobre ti, para que alguns Amigos meus fiquem a conhecer algo da pessoa que já eras e cuja vida e talento, cortados cerce na nefasta senda de tua Mãe e Tios, ainda tanto tinham para dar.

Recebe um beijo de nosso Pai e desta tua irmã

Leonor




Minha Mãe, minha Irmã e eu - 1958


UM SONETO DE MARGARIDA (dedicado a seus padrinhos)

Para a Madrinha e o Padrinho, o Fernando Manuel, a Dadi, o “tio” Hermínio.


Se sinto tanto afecto, só de olhá-los,
É pena desigual deixar de vê-los;
Se presumo, com obras, merecê-los,
Má paga deste engano é chateá-los.

Se me vêm saudades, ao lembrá-los,
É por ter aprendido a conhecê-los;
Se mais me quero a mim, por bem querê-los,
Mais me aflige a ideia de deixá-los.

Expressões menores são, que o pensamento,
Estas tão pobres rimas, com que tento
Com fraco engenho, dizer forte sentir.

Ainda os não deixei, e, que ironia!
Falta-me já a vossa companhia;
Sobeja-me a tristeza de partir.


Margarida
7/10/71

(Infelizmente, este Soneto de minha Irmã, aos 24 anos, veio a revelar-se premonitório.)


domingo, 3 de fevereiro de 2008

MALAGUEÑA!!!


Carnaval 1968

OLÁ RICOS!!! CÁ ESTÁ... EIS-VOS OLHANDO PARA O RESULTADO DE UMA GRANDE PARTIDA DE CARNAVAL!... - OS MEUS PAIS CONHECERAM-SE NUM BAILE NA 2ª FEIRA GORDA DE 1956 !!!

* Malagueña *
Isaac Albéniz

Interp.: Aspásia 06