sábado, 25 de abril de 2009

Defendamos
o Cravo de Abril !


Ó belo cravo de Abril,
querem fazer-te murchar.
Há para aí farsantes mil,
que só querem metal vil,
e a ti pretendem pisar.

Estes mandantes de agora,
sonegam a liberdade,
e andam pelo País fora
discursando a toda a hora,
mas não dizendo a verdade.

Foi há trinta e cinco anos
que nasceste entre canções.
Caíram por terra os planos
dos sequazes e tiranos
e abriram-se as prisões!

Eram tempos de alegria,
de dar as mãos e cantar
de pensar que a aleivosia,
a ganância e a cobardia
iam por fim terminar.

Mas que vemos hoje em dia?
Teus ideais espezinhados,
tristeza, melancolia,
desânimo e apatia,
nos pobres e desempregados.

Mas, cravo, não te amedrontes!
Ainda há, quem, sem temer,
por cidades, vilas, montes,
não esquece os horizontes
que tu abriste ao nascer!

Leonor 2009

13 comentários:

pin gente disse...

que cravo engraçado, aspásia!

a margarida está a ver o filme "capitães de abril" e grita... liberdade, melancia! vitória...ehehe
já te falei dela, não é?
vim fazer-te um convite:
http://bananaouchocolate.blogspot.com

beijos com aroma de cravo
luísa

pin gente disse...

MUITO BELO O QUE ESCREVESTE.
PARABÉNS!

anamarta disse...

Feliz o regresso com este poema que tanta verdade contêm!
que oo cravos de Abril nunca murcham!!!
Um abraço forte e um cravo para si

Teresa David disse...

tão bonito e certo, ainda por cima, nos seus dizeres.
Bjs e 25 de Abril sempre que antes era ainda pior.
TD

Elvira Carvalho disse...

GOSTEI. PRECISAMOS GENTE COM CORAGEM PARA ISSO.HOJE OS MAIS VELHOS FESTEJAM O 25 DE ABRIL, E OS MAIS NOVOS FICAM INDIFERENTES, POIS ELES NÃO VIVERAM O MEDO QUE ERA O DEITAR, SEM SABER SE IA ACORDAR A MEIO DA NOITE POR AGENTES QUE OS LEVAVAM PRESOS, ALGUNS SEM SABER PORQUÊ.
NÃO CONCEBO UMA VIDA FELIZ SEM LIBERDADE, E SEI BEM COMO ERA ANTES DO 25 DE ABRIL.
MAS LIBERDADE SEM PÃO, TAMBÉM NÃO FAZ NINGUÉM FELIZ E VEJO COMO VIVE GRANDE PARTE DO PAÍS.
PENSO QUE OS OBJECTIVOS DO 25 DE ABRIL, FICARAM SÓ PELA METADE, E MESMO ESSA METADE, VEJO-A CADA DIA MAIS AMEAÇADA, PELOS FALSOS DEMOCRATAS QUE NOS GOVERNAM.
UM ABRAÇO E BOM FIM-DE-SEMANA

MARIA LEIRIA disse...

Muito bem, Leonor! Habemus poeta!
Muito obrigada por me integrar na sua rod@ de amig@s
e, já agora,
ABRILEIJOS também para si

OP

mariam [Maria Martins] disse...

ASPÁSIA,

QUE BELO POEMA! OBRIGADA POR PARTILHARES!

'AQUILO'LÁ, FOI REAL SIM! :)

ESTIVE FORA, SÓ AGORA DEU P'RA VIR DAR UM ABRAÇO E UM BEIJINHO :)
MARIAM

Mare Liberum disse...

Um poema lindíssimo, Nô!
Não deixemos murchar o cravo que em Abril floriu lutando no dia-a-dia para que se mantenham vivos os ideais daquela aurora distante mas inesquecível. Amordaçados, torturados, espizanhados não seremos mais se estivermos atentos e soubermos dizer não na hora certa.

Beijinhos mil, minha querida amiga

Bem-hajas!

Jorge P. Guedes disse...

UM BONITO POEMA AOS CRAVOS-SÍMBOLS DA ESPERANÇA QUE ESTÁ QUASE A MURCHAR DE VEZ.

PARABÉNS.

UM ABRAÇO.

Elvira Carvalho disse...

Hoje venho apenas fazer um pedido de amiga:
Por favor pode deslocar-se ao Sexta? Muito obrigada.
Um abraço amigo

Gasolina disse...

CRAVO NÃO TE AMEDRONTES QUE TEMOS A NOSSA ASPÁSIA PARA TE DEFENDER E CANTAR(MOS)

LINDO!BRAVO!

BEIJO GRANDE JARDINEIRA, COM RUBRAS SAUDADES!

Jorge P. Guedes disse...

OLÁ, CÁ ESTOU EU, SOU O BREEZE CONTÍNUO E SOPRO UM AROMA A CRAVO BRANCO, OS MAIS CHEIROSOS AINDA QUE MENOS MARCANTES!

BOM FDS E UM ABRAÇO.

Maria João Brito de Sousa disse...

E VIVA ESTE MESMO CRAVO, UM POUCO ACRESCENTADO!

ABRAÇO!