Lusiada Italiana di Carlo Antonio Paggi nobile Genouese poema eroico del grande Luigi de Camoes Portoghese prencipe de’ poeti delle Spagne. Lisbona : por Henrico Valente de Oliueira, 1659
Canto III
119
Poi di questa si prospera vittoria
Tornato Afonso á la paterna terra,
De la pace a goder cotanta gloria,
Quanta acquistó ne la si dura guerra.
Il caso triste e degno di memoria,
Che li sepolti auuiua, e disinterra
Succedeo de la misera e meschina,
Che doppo morte diuentò Reina.
Canto III
119
Poi di questa si prospera vittoria
Tornato Afonso á la paterna terra,
De la pace a goder cotanta gloria,
Quanta acquistó ne la si dura guerra.
Il caso triste e degno di memoria,
Che li sepolti auuiua, e disinterra
Succedeo de la misera e meschina,
Che doppo morte diuentò Reina.
(episódio de Inês de Castro)
Neste dia dedicado ao Príncipe dos Poetas, eis uma curiosidade que só vem provar como logo o valor dos seus “Lusíadas”, pouco depois da sua publicação foi reconhecido internacionalmente pelos homens cultos do tempo.
“Em 1658 o genovês Carlo Antonio Paggi, diplomata da República de Génova em Portugal traduz para italiano a primeira versão conhecida nesta língua d’Os Lusíadas. A obra é publicada em Lisboa e dedicada ao Papa Alessandro VII. Fora da Península Ibérica, é italiana a segunda tradução do poema épico português sendo a primeira uma tradução inglesa de Fanshaw. Nesta tradução de Paggi temos várias dedicatórias que são, do ponto de vista comparativista, estratégias do tradutor relativamente à forma de como pode condicionar a recepção do texto. Nas dedicatórias são dadas indicações de leitura, esclarecimentos históricos, associações míticas que sistematizam uma imagem de Camões e do poema épico português que já circulava nos ambientes cultos italianos desta época. Paggi vai ser a fonte implícita de muitas traduções d’Os Lusíadas e a sua atitude crítica perante o poema e, sobretudo, perante a biografia do poeta, vai ser objecto de muitas especulações literárias e biográficas.”
In “O mito de Camões em Itália: da elaboração mítica aos parâmetros ideológicos nacionalistas” - Henrique de Almeida Chaves
Entretanto, estamos a ouvir o "Tiento para arpa", de um contemporâneo de Camões, o Padre Manuel Rodrigues Coelho (1555?-1635), Organista na Capela Real em Lisboa de 1604 a 1633.
Infelizmente, a sina de Camões, miserável em vida e exaltado depois da morte, continua a ser a de muitos Portugueses de valor em todos os campos da Arte e da Ciência… e muitas vezes, só no estrangeiro conseguem, em vida, receber o justo elogio e paga pelas suas obras… ai, ai, Lusitano Fado!!!
“Em 1658 o genovês Carlo Antonio Paggi, diplomata da República de Génova em Portugal traduz para italiano a primeira versão conhecida nesta língua d’Os Lusíadas. A obra é publicada em Lisboa e dedicada ao Papa Alessandro VII. Fora da Península Ibérica, é italiana a segunda tradução do poema épico português sendo a primeira uma tradução inglesa de Fanshaw. Nesta tradução de Paggi temos várias dedicatórias que são, do ponto de vista comparativista, estratégias do tradutor relativamente à forma de como pode condicionar a recepção do texto. Nas dedicatórias são dadas indicações de leitura, esclarecimentos históricos, associações míticas que sistematizam uma imagem de Camões e do poema épico português que já circulava nos ambientes cultos italianos desta época. Paggi vai ser a fonte implícita de muitas traduções d’Os Lusíadas e a sua atitude crítica perante o poema e, sobretudo, perante a biografia do poeta, vai ser objecto de muitas especulações literárias e biográficas.”
In “O mito de Camões em Itália: da elaboração mítica aos parâmetros ideológicos nacionalistas” - Henrique de Almeida Chaves
Entretanto, estamos a ouvir o "Tiento para arpa", de um contemporâneo de Camões, o Padre Manuel Rodrigues Coelho (1555?-1635), Organista na Capela Real em Lisboa de 1604 a 1633.
Infelizmente, a sina de Camões, miserável em vida e exaltado depois da morte, continua a ser a de muitos Portugueses de valor em todos os campos da Arte e da Ciência… e muitas vezes, só no estrangeiro conseguem, em vida, receber o justo elogio e paga pelas suas obras… ai, ai, Lusitano Fado!!!
10 comentários:
A conclusão de que o mundo ,não faz qualquer sentido parece assim, ter sido o amargo conhecimento que Camões obteve na sua sondagem do deconhecido, nas palavras de Hélder de Macedo
"Conteitei-me com pouco, conhecendo ser o contentamento vergonhoso, só por ver que cousa era viver ledo"
O vergonhoso castigo vê-o nos seus erros nas prisões metafóricas do baixo amor mas o peta não lastima as baixas prisões" sexuais de que de que não conseguiu ( ou não desejou ) libertar-se
Espero que não te importes que tenha levado "emprestado" um poema e respectiva imagem do teu blog.
A música, escolhia-a eu..
Algum inconveniente diz, que retirarei (com pena) o tema de lá.
Um abraço e boa semana ;)
Olá Aspásia,
Gostei do "angle" por onde pegaste.
Subscrevo o último parágrafo, evidentemente. Antes não fosse assim. Vou deixar estes versos que vi no blog da Amélia (barcosflores), um daqueles aonde não dispenso de ir regularmente, pois os acho tão em sintonia com o teu texto:
«O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não,que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
D'uma austera, apagada e vil tristeza»
Lus.X,145
Bom início de semana. Bom Santo António.
Beijinhos
Poesia Portuguesa
Fico honrada com a escolha. E já vi que há lá um mundo a descobrir. Infelizmente a minha capacidade de leitura ao ecran é um tanto limitada, como descrevo no meu blog "Olho Seco", e devido a alguns excessos ultimamente, tenho agora uns dias que repousar mais a vista. Mas hei-de ler aí mais coisas mesmo com o meu ajudante "leitor de écran".
Grande beijinho:))
Olá Paminita
Sempre amável e delicada a tua palavra. Andei num trabalho enorme na Wikipedia para iniciar uma secção de Problemistas de Xadrez Portugueses. Comencei com as biografias de Damião de Odemira e de meu pai que amanhã faz 92 anos. É a minha prenda para ele. Tenho gosto em que passes por esses 2 artigos. Devido a esse trabalho fiquei 2 dias cheia de dores nos olhos mas valeu a pena. Hoje já estou melhor.
Bom Santo António e
Groot Kusje para ti e Vik:))
Pamina
Tens aqui os links para o Damião de Odemira e meu Pai.
O Damião ainda levará correcções...
Bjinhos:))
olá aspásia resolvi dar um saltinho ao teu blogue...
Fiury
Be my guest!!!
Kisses:)
obrigada e parabéns ao teu pai!
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