Eis a minha prenda para o Wolfgang, que faz 250 anos no dia 27. É um prazer partilhá-la com todos vocês... de preferência com a sua música em fundo!
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A M A D E U S
Sempre ouvir-te é sempre amar-te,
ó divino, ó talentoso
Wolfgang Amadeus Mozart,
pois da Música na arte,
foste génio portentoso.
Em teus anos de criança,
deslumbravas quem te ouvia;
e toda a aristocracia
nos belos salões de dança,
se curvava e te aplaudia,
perto do Lago Constança.
Aos seis anos já mostravas
juízo de mais idade,
falavas com gravidade;
ao cravo já te sentavas
e teu Minuete tocavas
com talento e habilidade!
As cortes da velha Europa
percorrias sem cessar,
foi tua música ouvida,
incensada e aplaudida,
desde Itália à grande Rússia,
pelo Doge e pelo Czar.
A meio da juventude,
é que eras mais malandrote,
gostavas mais de brincar,
pregar partidas, dançar,
e as donzelas, num virote,
estavas sempre a conquistar…
À Ópera que nos deixaste
deste a alma e a frescura.
“Mágica Flauta” sopraste…
Papageno e Papagena
os cobriste de verdura,
e Pamina com Tamino
levaste ao Céu da ventura.
“Don Juan” se precipitou
nas profundas do Danado,
pois à ceia convidou
− esse desplante ele ousou! −
o rival assassinado…
E, arrogante, blasfemou
do perdão que lhe ofertou,
do Comendador, a estátua
que tanto tinha ultrajado.
Tal qual o barbeiro Fígaro
foste também um “faz-tudo”.
Nas “Bodas”, era um Entrudo,
pois todos se disfarçavam,
se escondiam e aldrabavam…
Mas no final se abraçavam,
pois o Amor vence tudo.
Não deverá ser esquecido
um teu amigo, também,
Lorenzo da Ponte, a quem
a letra dessas histórias
devemos, e que, contigo,
está vivo em nossas memórias.
Sinfonias compuseste,
quase feitas de improviso,
tantas e de tal beleza
e alegria ao ouvido,
que, num dia mais agreste,
são capazes de a tristeza,
nos transformar em sorriso.
E foi tal teu frenesim
a compôr e ensaiar
dias e noites sem fim,
uma obra monumental
que te houvera encomendado
certo enviado do mal
− dizem que foi o Salieri,
mas não há prova de tal −
que as forças que te restavam,
pouco a pouco se esgotavam
nesse Requiem fatal.
Sim, foste o Amado de Deus,
mas os homens do teu tempo
negaram-te chão sagrado,
e à vala foste lançado,
tal qual fosses cão danado,
ou traste sem valimento…
Sempre ouvir-te é sempre amar-te,
ó divino, ó talentoso
Wolfgang Amadeus Mozart,
pois da Música na arte,
foste génio portentoso.
Em teus anos de criança,
deslumbravas quem te ouvia;
e toda a aristocracia
nos belos salões de dança,
se curvava e te aplaudia,
perto do Lago Constança.
Aos seis anos já mostravas
juízo de mais idade,
falavas com gravidade;
ao cravo já te sentavas
e teu Minuete tocavas
com talento e habilidade!
As cortes da velha Europa
percorrias sem cessar,
foi tua música ouvida,
incensada e aplaudida,
desde Itália à grande Rússia,
pelo Doge e pelo Czar.
A meio da juventude,
é que eras mais malandrote,
gostavas mais de brincar,
pregar partidas, dançar,
e as donzelas, num virote,
estavas sempre a conquistar…
À Ópera que nos deixaste
deste a alma e a frescura.
“Mágica Flauta” sopraste…
Papageno e Papagena
os cobriste de verdura,
e Pamina com Tamino
levaste ao Céu da ventura.
“Don Juan” se precipitou
nas profundas do Danado,
pois à ceia convidou
− esse desplante ele ousou! −
o rival assassinado…
E, arrogante, blasfemou
do perdão que lhe ofertou,
do Comendador, a estátua
que tanto tinha ultrajado.
Tal qual o barbeiro Fígaro
foste também um “faz-tudo”.
Nas “Bodas”, era um Entrudo,
pois todos se disfarçavam,
se escondiam e aldrabavam…
Mas no final se abraçavam,
pois o Amor vence tudo.
Não deverá ser esquecido
um teu amigo, também,
Lorenzo da Ponte, a quem
a letra dessas histórias
devemos, e que, contigo,
está vivo em nossas memórias.
Sinfonias compuseste,
quase feitas de improviso,
tantas e de tal beleza
e alegria ao ouvido,
que, num dia mais agreste,
são capazes de a tristeza,
nos transformar em sorriso.
E foi tal teu frenesim
a compôr e ensaiar
dias e noites sem fim,
uma obra monumental
que te houvera encomendado
certo enviado do mal
− dizem que foi o Salieri,
mas não há prova de tal −
que as forças que te restavam,
pouco a pouco se esgotavam
nesse Requiem fatal.
Sim, foste o Amado de Deus,
mas os homens do teu tempo
negaram-te chão sagrado,
e à vala foste lançado,
tal qual fosses cão danado,
ou traste sem valimento…
Mas passado tanto tempo,
teu talento ainda dá brado
entre almas de sentimento;
e hoje és génio celebrado,
para sempre recordado,
da Música és monumento…
teu talento ainda dá brado
entre almas de sentimento;
e hoje és génio celebrado,
para sempre recordado,
da Música és monumento…
Wolfgang Amadeus Mozart,
de Euterpe és filho na Arte…
do Mundo és deslumbramento!!!
de Euterpe és filho na Arte…
do Mundo és deslumbramento!!!
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