domingo, 30 de novembro de 2008

PRÉMIO MasterBlog


AGRADEÇO À ESCRIBA ESPERANÇA DO "SOMA DE LETRAS", ESTA OFERTA!
ACEITO O PRÉMIO EM MEMÓRIA DE QUANDO ESTE BLOG ESTAVA MAIS "NO ACTIVO"... POIS ACTUALMENTE ESTÁ "EM POUSIO" !
TODOS QUE PASSAREM PODEM LEVAR O SELO, CASO O DESEJEM.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

PRÉMIO DARDOS



APESAR DE ULTIMAMENTE ANDAR ALGO ARREDADA DESTE MUNDO BLOGOSFÉRICO, RECEBI RECENTEMENTE ESTE PRÉMIO DO VÍTOR DA OFICINA DAS IDEIAS E DA GASOLINA DA ÁRVORE DAS PALAVRAS. MUITO OBRIGADA, AMIGOS!

QUEM AQUI COSTUMA PASSAR, E O DESEJAR, PODE LEVAR À VONTADE! NÃO VOU DARDEJAR, POIS TODOS OS QUE ME VISITAM, SÃO MERECEDORES.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

"Foi assim que ela aprendeu..."
(um texto de minha Mãe)

No pátio do Valsassina, com uma das suas inúmeras "ninhadas",
que pelas suas aulas passaram ao longo de quase 50 anos...
Amigas/os

Passa hoje mais um aniversário natalício de minha Mãe Carlota, que, se ainda estivesse entre nós, faria 88 anos de idade.
Tendo já, neste dia em 2006, dado algo a conhecer da sua vida e morte e publicado um poema seu – infelizmente ela destruiu a maioria deles – gostaria hoje de convosco partilhar uma pequena história verdadeira, por ela escrita quando ainda leccionava no Colégio Valsassina, pelos anos 70 ou 80 do século passado.
Minha Mãe leccionou nesse mesmo Colégio como professora efectiva da então “4ª classe”, desde 1952 a 1987, com um intervalo de 3 anos devido ao meu nascimento, em 1957. Mas já desde 1940 percorrera várias escolas, ensinando em pequenas aldeias alentejanas.
O pequeno relato refere-se às suas primeiras “lições” dadas, ainda com 14 anos - pois só completaria 15 em Novembro - a uma pequenita de Estremoz, terra de onde ambas eram naturais.




FOI ASSIM QUE ELA APRENDEU...

Era uma criança pequenina para os seus seis anos, ainda incompletos.
Olhos pretos, muito vivos, faces sempre rosadas, aventalinho de chita rematando com lacinhos nos ombros eram as notas mais flagrantes para quem a observasse.
Ela estava ali todas as manhãs daquele mês de Setembro, manhãs quase sempre frias e enevoadas, a prometerem um Outono pouco ameno.
Trazia a saquinha de linhagem grosseira, sarapintada de cores garridas. Dentro dela vinha a “Cartilha Maternal” e uma pequena ardósia com lápis do mesmo, pendurado por um fio preso à moldura de madeira que a enquadrava - para não se perder...
Quando chegava sentava-se na sua cadeirinha que arrumava com grande cuidado antes de ir para casa.
Depois ficava a esperar, ansiosa, que eu lhe desse lição e “passasse a escrita” como ela lhe chamava.
Vinha ali para aprender as “primeiras letras” conforme o pai me pedira, “pagando o que fosse preciso” - insistia ele -, porque o seu maior desejo era que a filha, quando entrasse para a Escola, “não fosse sem saber nada...”
Apesar dos meus catorze anos e de não me sentir ainda à altura de tão importante tarefa, acabei por aceder ao pedido daquele pai tão preocupado e foi assim que tive a minha primeira aluna...
Lá por meados de Outubro, quando ela foi para a Escola, já quase sabia ler e, com grande presunção, escrevia na sua pequena ardósia as tais “primeiras letras”, como seu pai tanto desejava.

... Era assim, naquele tempo...

... Setembro de 1935...



Carlota/

(escrito nos anos 80)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

HAIKAI



Dedicado à Gasolina.

Uma Árvore que visito

em todas as estações!



(Imagem da Net)




Autumn Leaves - Edith Piaf