Meu Pai, "Axioco de Mileto"
Como ainda estamos na quadra pascal, aqui deixo um soneto de meu Pai, "Axioco de Mileto" (pai de Aspásia), hoje com 91 anos, e que com ele concorreu - faz hoje 65 anos! - aos Jogos Florais da Primavera realizados em Setúbal, em 18 de Abril de 1941, organizados pela Associação dos Antigos Alunos da Escola Industrial e Comercial “João Vaz”, tendo obtido o 1º Prémio em soneto clássico.
Apesar de ser ateu, ele lá versejou de modo a fazer inveja a muito crente!!! (desculpem a imodéstia da filha babada…).
Redenção
A Treva cai na Terra e vem impôr
pesado luto à turba que emudece.
No Gólgota, escalvado, a Cruz parece
a trágica visão da própria dor.
Crucificado, exangue, o Redentor,
de espinhos coroado, a Vida oferece,
em Santo Sacrifício, que trouxesse
a salvação ao Mundo pecador.
Debalde, ó lei humana, condenaste
Aquele que pregou a Lei dos Céus
e com ferro assassino O trespassaste!
Jesus rasgou da Morte os negros véus
e vencendo a mentira que afirmaste,
deu a Verdade ao Mundo: a Fé em Deus!
A Treva cai na Terra e vem impôr
pesado luto à turba que emudece.
No Gólgota, escalvado, a Cruz parece
a trágica visão da própria dor.
Crucificado, exangue, o Redentor,
de espinhos coroado, a Vida oferece,
em Santo Sacrifício, que trouxesse
a salvação ao Mundo pecador.
Debalde, ó lei humana, condenaste
Aquele que pregou a Lei dos Céus
e com ferro assassino O trespassaste!
Jesus rasgou da Morte os negros véus
e vencendo a mentira que afirmaste,
deu a Verdade ao Mundo: a Fé em Deus!
R. C. Nascimento, 1941
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