quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Autumn Leaves

Diana Krall
CopyLeftAspásia 99




The Autumn leaves
drift by my window,
The Autumn leaves
of red and gold

I see your lips,
the summer kisses,
The sun-burned hands
I used to hold.

But since you went away ,
the days grow long
And soon I´ll hear
old Winter´s song...

But I miss you most of all, my darling,
when Autumn leaves start to fall.

(Letra: Nat King Cole

Música: Joseph Kosma

Int.: Diana Krall)

Folhas de Outono

domingo, 21 de outubro de 2007

MULHER



Mulher é vasto conceito
Mas direi, num improviso:
É nada, quando dá jeito;
Faz tudo quando é preciso.

É Filha da sua Mãe,
É Neta da sua Avó
Às vezes sente-se bem
Às vezes sente-se só.

É Irmã do seu Irmão
Sobrinha da sua Tia
E varre à noite do chão
O lixo de cada dia.

É Aluna do seu Mestre
É Colega e Companheira
Ora trabalha ao semestre
Ora vai vender p´rà feira.

Amiga da sua Amiga
Amante do seu Amor
De dia apanha espiga
À noite abre-se em flor.

Enfermeira no hospital
Ou 2ª Mãe na creche
Ora a Morte vê, fatal,
Ora o bebé que remexe.

Artista, Diva ou Escritora
Desconhecida ou genial
Engenheira, Professora,
Pode dar Bem e haver Mal.

Também como não é santa
Muitas asneiras comete
Mas se tiver força tanta
Corrige-se e não repete.

Pode ser que seu Amor
Seja o seu Homem também
Se por acaso não fôr
Pode escolher outro Alguém.

Pode ser que seja rica
Pode ser que seja pobre
Que vá buscar água à bica
Ou pinte no salão nobre.

E se um dia fôr Avó
Mãe pela 2ª vez
Pode desatar-se um nó
E fazer o que não fez.

Pode sempre viajar
Ou d´aldeia não sair
Mas se amar, rir e cantar
Mundos há-de descobrir.

E se às vezes se vir só
De todos abandonada
Ficará de meter dó
Se não fôr desenrascada.

Um dia velha e cansada
Vai-se embora desta guerra
Mas se amou e foi amada...
Será semente na terra.

Aspásia 07




(Desenhos: Aspásia 92)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

FIFTY FIFTY :-/...



Cinquenta é meia centena
e dobro de vinte e cinco
´inda ontem era pequena
brincando na tarde amena…
Hoje em dia pouco brinco.

Mas um dia não são dias
e fui buscar a caneta
p´ra escrever umas tropelias,
esquecendo as melancolias
desta idade já provecta!

Senhores, como sabeis,
tenho jeito p´ra palhaça…
Ignoro se vos rireis
destas rimas que lereis (?)
mas vou fazer por ter graça…

´inda ontem era menina
de vestidinho de tule,
erguia-me pela matina,
lavava-me numa tina
e bebia o chá p´lo bule!

Um dia, em tempos idos,
fui admitida na escola,
levei lápis coloridos
e objectos indefinidos
tudo dentro da sacola…

A Mestra, ao ver-me, pensou:
“Esta vai dar-me trabalho.
- Como se chama? – indagou.
- Todos me chamam Nonô,
pois sou Leonor de Carvalho…”

O tempo lá foi passando,
ditados e correrias,
ora lendo, ora brincando,
cantando ou desenhando,
pelas férias ansiando,
decorriam os meus dias!

Felizmente, desde cedo
sempre gostei de estudar…
Das contas não tinha medo
e os livros eram o brinquedo
que eu mais custava a largar!

Sempre tive “boas notas”:
- Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si …
Julgavam que era das outras???
Dessas já não tenho provas,
pois os diplomas vendi…
que as de papel eram poucas!!!

Como sempre me interessei
por engenhos, maquinetas,
problemas de semi-rectas,
ímanes, transistores, provetas,
em Engenharia entrei…

Na cabeça misturei
fazendo grande salada,
buracos negros, cometas,
deltas, alfas, gamas, betas,
neutrões e água pesada...
Mas que enorme baralhada!

De rir não tenho vergonha,
as rimas de humor me atraem,
mas às vezes estou pamonha
e faço tal carantonha,
que até os santos do altar caem!

Já estou nisto há meia-hora,
tem sido “sempre a aviar”…
meus amigos, vou-me embora…
Quem empresta não melhora,
por isso os versos vou dar,

mesmo feitos à pressão,
que o tempo é ai que mal soa…
Espero obter vosso perdão,
sou queijo, queijo, pão, pão,
nada e criada em Lisboa,
há dez lustros, pois então!

O resto da minha história
ficará para outra vez…
Se conservar a memória,
saúde satisfatória,
e não emigrar p´ra Fez!

Esta é difícil idade,
não sou velha nem sou nova…
Já vou da missa a metade,
essa é que é a realidade,
provada à sa(o)ciedade,
p´la pobreza desta trova!

Aspásia 07

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"TESTAMENTO"
* Dito pelo Amigo JFR *


CAROS AMIGOS/AS

ACABO DE TER A GRATA SURPRESA DE VER E PRINCIPALMENTE OUVIR!, O MEU POEMA "TESTAMENTO" DITO - E MUITO BEM! - PELO AMIGO JFR, QUE MUITO GENTILMENTE ME HAVIA PROPOSTO FAZÊ-LO. COMO TENHO ANDADO BASTANTE AFASTADA DESTAS LIDES, SÓ HOJE, E ALERTADA POR UMA QUERIDA E ATENTA AMIGA (OBRIGADA, MTC !), VI O MEU TRABALHO EXTREMAMENTE VALORIZADO POR ESTA LEITURA IMPRESSIONANTEMENTE EXPRESSIVA, PELA "ILUSTRAÇÃO" POR IMAGENS DE GRANDE FORÇA E BELEZA E A COLOCAÇÃO NO YOUTUBE, PELO JFR, A QUEM, MUITO COMOVIDAMENTE, AGRADEÇO E ABRAÇO! MUITO OBRIGADA, AMIGO, POR ESTA GRANDE ALEGRIA QUE ME DEU!

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(Segue reprodução do Post do JFR no seu Abaixa-Voz)
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Sábado, Agosto 18, 2007

Testamento - Poema de Aspásia
Um momento de poesia. Escrito - muito bem - por uma mulher: Aspásia. Lido por um homem. Eu.

Pode ouvir aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=rjh4OcKaMiw

Posted by JFR at 12:54 AM

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

DIA DA MÚSICA


Erato, Musa da Música

… ela é definida(?) nos compêndios por meia dúzia de palavras (pouco musicais…), algo como “sucessão de sons formando uma frase melódica” ou “a maneira de exprimir sentimentos por meio de sons”…
mas quanto a mim penso limitarem-se essas pseudo-definições ao aspecto exterior e teórico, são definições “a frio”… de facto, como podem elas dar conta do carácter universal e multifacetado de uma das mais antigas formas de Arte conhecidas da Humanidade e que mais contribui para o engrandecimento interior de cada um de nós e desenvolvimento da comunicação com os outros? Haverá outra forma de Arte que possa proporcionar um tão vasto leque de gradações emocionais aos que à sua fruição se entregam? Desde a majestade e grandiloquência, ou talvez melhor, grandissonância… de uma sinfonia de Beethoven ao sentido virtuosismo de um nocturno de Chopin… dos ritmos contagiantes do folclore russo ou espanhol à serenidade infinita de trechos de alguns compositores nórdicos… nunca essas belas ondas do oceano musical deixaram de me fazer experimentar uma miríade de sentimentos, uma diversidade de estados de alma, só possível pela existência daquilo que esta simples palavra − Música − representa…
TESTE





* Impromptu in A Blue *
(Improviso em Lá Azul)

Texto e "Improvisação" da Música - anos 80
Interpretação e Registo Mp3 - 2006
by Aspásia